terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Meu ano com Leonardo da Vinci

Autorretrato de Leonardo da Vinci
Ano terminando e eu concluí a tarefa a que me propus - estudar História. "Quem é essa História aí, papai? Está cheia de assunto, hein?" (Pegando carona na frase de Ivete Sangalo...hehehe). Como o tema é muito amplo decidi focar num tópico só e escolhi Leonardo da Vinci. Escolha perfeita! Leo é o cara!
Me identifiquei, me apaixonei, me surpreendi e aprendi algumas coisas. Não vou fazer um texto dizendo que ele nasceu em 1452... blábláblá... Não estou escrevendo um texto didático, só aqueles meus textos de sempre em que começo a divagar. Então, vamos por partes:

Por que me identifiquei com Leonardo da Vinci?

Eu adoraria conhecer, saber, realizar e criar muitas coisas; por esta razão comecei a sortear atividades diferentes a cada ano. Fiz dança, escultura em frutas e legumes, aulas de bandolim, espanhol, mexi com vendas e mais outras coisas. O que eu ganho com isso? Algumas poucas habilidades, novos amigos e vontade de conhecer mais coisas ainda.
Leonardo, por sua vez, era um gênio. Tinha a curiosidade e um talento quase ilimitados. Ele não fazia sorteiozinho não, ele queria entender e transformar o mundo e foi de extrema importância pra humanidade. Eu me satisfaço em tentar entender e transformar a mim mesma.
Ok, Leo ganhou de lavada!!!

Por que me apaixonei?

Acho sexy pessoas que são apaixonadas pelo que fazem. Elas brilham e são interessantes. Imagina como esse homem era sexy, gente? Pra completar, a imagem que eu fazia dele se baseava em pinturas feitas dele, ou por ele (como é o caso do autorretrato que ilustra este post), mas na minha pesquisa, diversos autores disseram que ele era LINDO. O arquiteto e pintor toscano Giorgio Vasari, em 1550, o descreveu da seguinte maneira:
"Às vezes, de maneira que transcende a natureza, uma única pessoa é prodigiosamente dotada pelos céus com beleza, graça e talento em tal abundância que deixa muito atrás os outros homens... Todos reconhecem a verdade disso em Leonardo da Vinci, artista de uma beleza fora do comum".
Em muitos textos é citada a "tchutchuquice" de Leonardo. Gamei!

Por que me surpreendi?

Ele era pintor, escultor, matemático, engenheiro, ecologista, inventor, anatomista, urbanista, filósofo, projetista, cientista, arquiteto, paisagista, astrônomo... Ufa, não sei se to esquecendo algo. Além disso tudo ele ESCALAVA MONTANHAS, DEPOIS DOS QUARENTA ANOS DE IDADE!

O que aprendi com ele?

Aprendi que a vida deve ser bem vivida. Que a frase "A curiosidade matou o gato" nem sempre é verdadeira...hahaha. Aprendi que a natureza deve ser admirada, pois é o que de mais perfeito existe. Devemos aprender com ela. Não devemos desistir de conhecer e nos surpreender.
O último apontamento encontrado em seus cadernos de notas dizia: "Devo prosseguir".
E pra que sempre me lembre, registro sua frase:

"Assim como um dia bem aproveitado traz um sono feliz, também uma vida bem empregada traz uma morte feliz".

Essa coisa de morte feliz eu não consigo processar, mas o tempo bem empregado, com certeza, dá mais sentido à vida.
É isso aí, valeu pelo grande exemplo, Leonardo... Também devo prosseguir.

Anita Safer

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Sempre... Nunca... Será?

Sou danada pra usar palavras que dizem que devemos evitar. SEMPRE. NUNCA. Acho que sou um pouco dramática, estilo novela mexicana. Mas percebi que de tanto usar essas palavras algumas coisas acabaram por cristalizar. Um dia usei as duas palavras num só contexto e com tanta força que minha alma até sacolejou dentro do corpo. Eu disse: "Não adianta, NUNCA serei o tipo de mulher que fica cuidando da casa. SEMPRE odiei e SEMPRE odiarei serviços domésticos". Caramba, até eu assustei comigo mesma. Quanto odiozinho no coração! 
Resolvi que tentaria inaugurar um novo discurso interno. No dia seguinte comecei a falar pra mim mesma, todos os dias, que era gostoso cuidar da casa. Que iria fazê-la ficar mais gostosa e deixá-la mais com a minha cara, do meu jeitinho. Sabe o que aconteceu com a minha casa depois disso? Nada. Sabe o que aconteceu comigo? Algo mudou dentro de mim. Percebi isso dias depois. Já nem estava mais fazendo as afirmações diárias. Me peguei, em flagrante, cantando enquanto lavava o banheiro. Eu. A rainha do ODEIO LAVAR BANHEIRO cantando e deslizando no sabão, como se isso fosse a coisa mais normal do mundo. Me sentindo a Beyonce dos azulejos. I'm single lady... Foi muito estranho!
Parece verdade aquelas coisas que dizem sobre Programação Neurolinguística. Será que nossa mente trabalha como numa fábrica de chocolates - preciso usar a PNL pra isso também, só penso em comida - onde as coisas são feitas em série e repetidamente porque foram programadas assim? Quantas vezes me rotulo? Passo na esteirinha e... PLOC!... adesivo na testa: PREGUIÇOSA! Aí, do nada, olho por outro ângulo e vejo que existe algo por trás do rótulo (será chocolate com avelã? ...kkk... Brincadeira). Por trás de "SEMPRE odiei serviços domésticos", tem apenas "Tenho outras preferências com as quais me identifico e essa atividade não me dá tanto prazer". Ao constatar que não sou obrigada a fazer um tipo de serviço, tudo muda de figura. E então percebo que sou uma pessoa criativa. Gosto de cantar, desenhar, dançar, escrever. Imprimir a minha marca pessoal nas tarefas que preciso realizar pra manter minha casa funcionando faz tudo parecer melhor. Mais gostoso. 
É bom se libertar aos poucos de certas certezas e ver que a gente muda. Que bom.
Agora chega de escrever porque tenho mais o que fazer, tipo tirar mais uns rótulos que não fazem jus ao novo produto. Nas prateleiras da vida não podemos deixar expostas mercadorias vencidas. É um perigo pro produtor e pros consumidores. É o que a minha Vigilância Sanitária Mental adverte.

Anita Safer

domingo, 13 de novembro de 2016

Por trás de uma data perfeita, há sempre um duende à espreita

Fotos: Márcia Alves
Vou ser madrinha de um casamento. To super honrada e feliz, porque meus afilhados, Daniel e Lidiane, são uns queridos. Jovens, companheiros e apaixonados. É uma alegria fazer parte desse momento. Antes do casamento existem várias etapas e esses dias teve o Chá de Casa. Foi maravilhoso! Tudo lindo, gostoso e divertido. Mas antes de começar encontrei a noiva confinada no quarto. Ela estava agoniada porque, depois de correr o dia todo, tinha esquecido de levar o vestido que usaria na festa. Eu disse a ela que isso fazia parte do pacote. Esses imprevistos amam aparecer em momentos importantes, mas que ia dar tudo certo e seria um sucesso. E foi. Fico pensando, por que cargas d`água acontecem coisas pra deixar tenso aquele momento em que deveria ser tudo perfeito? Por que o computador deixa a pessoa na mão na hora da conclusão de uma monografia? Por que o DJ esquece de tocar as músicas que você pediu na hora da festa? Por que a maquiagem que devia te deixar parecida com a Grace Kelly no dia do seu casamento, te deixa parecendo o Curinga? Eis o que não sei. Meu amigo dizia que eram obras de duendes, que se divertiam em nos ver no sufoco. Que pra distraí-los tínhamos que sair correndo e jogando balinhas no caminho. Assim eles iriam pra longe e não atrapalhariam o evento. Mas nunca quis arriscar, vai que meu amigo é um deles e quer apenas se divertir às minhas custas. Mas uma coisa é certa, tudo vira lembrança e assunto. Um dia, numa roda de conversa, as pessoas compartilham as histórias. "Meu casamento foi lindo, mas...", "minha conclusão de curso foi uma loucura porque...", " não imagina o que aconteceu no meu parto...". A vida faz dessas coisas, como diz minha filha "é a vida sendo vida". E que venham casamentos, formaturas, filhos, viagens, porque nada supera a alegria das doces conquistas que realizamos pelo caminho; nem mesmo duendes zombeteiros".

Anita Safer

sábado, 5 de novembro de 2016

Na poeira da estrada

Foto: Evandro Dâmaso
Amo viajar. Pra longe, pra perto. De avião, de trem. Gosto até de "viajar na maionese". Só não curto navio e afins, o mar me dá aflição. Pra mim, qualquer embarcação tem o nome de Titanic. A maneira que mais gosto de viajar é de ônibus. Agora é a hora em que ouço a Nema dizer: "Mas é pobre mesmo!". Nema é minha prima-irmã que vive se escandalizando com minha falta de ambição. Fazer o que se eu sou desse modelo de pessoa? Pra ser coerente, quase sempre viajo de ônibus. Gosto de ver a mudança da paisagem.
A primeira viagem que fiz sozinha foi pra Maceió. No ônibus estavam vários homens que estavam voltando pra casa, vindos de uma frente de trabalho. O que sentou ao meu lado fez o resumo de sua vida enquanto apontava, de instante em instante... "Aquela é uma plantação de soja... de milho... de trigo... de arroz...". A viagem seguia e a poeira ia engolindo o medo e ficando pra trás. Ia surgindo, aos poucos, uma nova parte de mim, que conseguia se sentir confortável em territórios e companhias desconhecidos.
Num livro de Mia Couto tem a seguinte frase: "O avião tem pressas que não são humanas". Dessa pressa fujo, sempre que possível. Não é por medo, nem por questões econômicas. É por gosto. Gosto dos verdes, vilas e cidades que vão se desenhando à beira da estrada, com suas claridades diversas. Me encanta o escuro da noite estampado na janela, entrecortado pelas luzes de postes monótonos e amarelados.
Coisas engraçadas acontecem, como quando numa viagem, durante a noite, um homem falava ao telefone na cadeira de trás. Certamente estava confiante de que o silêncio que havia era garantia de que todos dormiam.
- Amor - ele sussurrava com a voz melosa e rouca, como a de um cantor sertanejo - O que você está usando? Hummm... Aquela camisolinha que eu adoro! Já to chegando minha linda, cheio de saudade. Um beijo bem gostoso nessa sua... bochechinha!
A mulher da cadeira da frente disse:
- Nossa! Que susto!
Risos abafados em todo o ônibus. E a viagem segue. Percalços são possíveis, o cansaço é grande, mas é só o começo da aventura que está por vir.

Anita Safer

Filme de terror é para os fortes. Será?

Foto produzida por Arthur Sousa
Eu sou a tia do terror. Pelo menos acho que essa é a marca pessoal que deixarei de lembrança pro meu sobrinho Arthur. O que fazer se eu e ele criamos, meio que sem querer, o hábito de assistirmos juntos a quase todos os filmes assustadores que são lançados? Assustadores pra mim, pelo menos, ele é destemido. Fomos assistir Quando as Luzes se Apagam. Mal começou o filme, as letrinhas ainda estavam começando a aparecer e...TCHAN!!!... Começou! Aquela cena inesperada que me fez pular da cadeira e falar o meu tradicional "Bosta". Meus filhos riem de mim porque dizem que no meu vocabulário esta palavra é a que mais se aproxima de um palavrão. E ela vem sempre neste contexto. Depois da palavra pronunciada segue a promessa nunca cumprida: "Nunca mais vou assistir um filme desses". Conversa. Já vimos os trailers dos próximos e já tá tudo articulado.
De onde virá esta disposição pra assistir filmes de terror? Eis o que não sei. Uma vez li um artigo onde um psicólogo dizia que algumas pessoas gostam de ver filmes deste gênero porque, de alguma forma, veem na tela a representação de seus medos. Desta forma podem vivenciá-los de maneira segura. Isso explicaria meu caso. Muitos medos, muitos filmes. Não gosto dos violentos, tipo Jogos Mortais. Prefiro os que tem sustos, que fazem a gente pular e a palavra, aquela que começa com a letra B - mas que não vou repetir porque não é hora, nem lugar - escapa dos lábios. Aí é só sair do cinema na maior adrenalina, comentar com o Arthur sobre as cenas horripilantes e ouvir: "Ééé... Achei meio fraco". Sabe o que isso quer dizer? TO BE CONTINUED...

Anita Safer

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Calma! Nada de pânico!

Ela estava no trabalho, em uma loja comercial. O dia era como outro qualquer. Movimento regular. Tudo sem grandes sobressaltos, como seu coração, que andava pacato de tudo, sem maiores intenções. Então ela viu um rapaz do outro lado da loja, absorto, olhando umas coisinhas. Ela começou a sentir-se mal. Falta de ar, cabeça rodando, o suor começou a escorrer pela face.
- Não acredito, disse ao colega que trabalhava ao lado. Estou tendo um ataque de pânico. Já tive isso antes.
O amigo, processando a informação e pensando no que fazer, ouviu uma risada. Ela ria.
- Ah não - ela disse - achei que era um ataque de pânico, é igualzinho, mas acho que é só aquele rapaz morto de lindo que tá ali...
Ela me contou isso e rimos muito. Muitos sentimentos e sensações se confundem dentro da gente. Raiva, ciúmes, inveja; podemos colocar todos esses sentimentos num saco só, sacudir e sofrer sem nem saber pelo que exatamente. Sem identificar a emoção e o que há por trás dela, como reagir? Corremos o risco de ter reações desproporcionais, acreditando que o outro é o causador do que nos magoa. Às vezes é mesmo, mas em alguns casos o problema pode estar em nós. Expectativas e idealizações criadas, interpretações erradas, tendência a recriar emoções antigas das quais não nos libertamos.
Citei as emoções consideradas negativas porque são mais comuns de serem ignoradas ou camufladas. A maioria de nós tem um pé atrás com nossos sentimentos "feios". Caramba, sentimento é sentimento, não precisa ser classificado. Ainda bem que eles existem, não somos máquinas. Eles apenas estão tentando dialogar com a gente, nos chamando a atenção sobre algo a nosso respeito.
Acredito que se eu conseguir identificar o que estou sentindo lido melhor com a situação. Mas preciso aprender ainda, porque costumo achar que tudo é fome...haha. Quero aprender a reconhecer meus sentimentos porque eles são meus e "quem pariu o sentimento que o embale", como falam sobre o Mateus. 
Se não soubermos reconhecer o que sentimos corremos o risco de sermos colocados numa ambulância do SAMU e entubados quando, na verdade, sofremos apenas um ataque de belezura causado por alguém que anda entre prateleiras, desconhecendo o estrago que tá causando nas pessoas à sua volta.

Anita Safer
Foto: Érica Perotto

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Aos mestres!

Foto: Arquivo Pessoal de Selma Marques
Não sei se vocês tem filhos. Tenho três, já adultos. Dizem que criar filhos só é difícil nos primeiros cinquenta anos, depois melhora... Hahaha. Adorei esta frase, apesar de não saber de quem é a autoria. A infância e a adolescência são fases em que os pais pensam, em alguns momentos,"de hoje não passa, vou enlouquecer". É muita coisa pra administrar. Aí eu os levava pra escola e lá estavam os professores recebendo - em suas salas calorentas - trinta ou mais meninos como os meus. Que criatura é essa, minha gente, que escolhe ficar cinco horas por dia, no mínimo, com essas pessoinhas cheias de energia, humores diversos, educação (ou falta dela) diferente e ainda ter que repassar a elas um conteúdo?
Trabalhei 33 anos em escolas públicas (na parte administrativa, graças a Deus!!!) e acompanhei de perto a rotina dos colegas professores. Com os que tinha mais intimidade expressava a minha opinião sobre eles com a seguinte frase: "Vocês são um bando de doidos!". Sei que em todas as profissões existem péssimos profissionais, mas a maioria dos que conheci eram pessoas dedicadas e corajosas. Professores precisam lidar com muitas coisas pra enfrentar uma sala de aula. Turmas grandes, falta de material pedagógico, instalações sucateadas, tempo insuficiente pra estudo e planejamento didático; sem falar nos pais de santo (não, não estou falando de religião, mas daqueles pais que juram que seus filhos merecem ser canonizados; esse mesmo filho que tá tocando o terror e inviabilizando o trabalho em sala). Enfim, se dar aula fosse um jogo de vídeo game seriam muitos os desafios pra conseguir passar de fase.
Tenho ouvido direto que pretendem cortar as " regalias" dos professores. Regalias? Que regalias? Cadê? Onde? Estão falando da aposentadoria especial? Se eu fosse professora pediria aposentadoria especial após o primeiro dia de aula... Hahaha. 
A vocês professores, queridos maluquinhos, desejo todas as regalias do mundo, incluindo massagens relaxantes e banheiras de hidromassagem...rs. E se estou aqui escrevendo essas bobeiras a culpa é do Raul, meu professor de Português da sétima série, que fez nascer em mim o amor pelas palavras. 
Valeu, "fessores"!

Anita Safer

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O mato cresceu ao redor

Foto: Arquivo Pessoal
Vou pedir licença e criar uma interpretação de uma canção infantil, pra ilustrar meu momento atual. Por que infantil? Porque to agindo feito criança sobre uma coisa que é pra ser simples, pessoas queridas. É o melô da reeducação alimentar. Vamos lá:

A LINDA ROSA JUVENIL, JUVENIL, JUVENIL... E aí repete, todos os trechinhos são repetidos, vocês conhecem a música e sabem como funciona. Vou poupar vocês das repetições porque vocês não são mais crianças. (No caso, a linda rosa seria eu... Vá... Deixa eu me achar... Juvenil, tudo bem, já é um exagero)

VIVIA ALEGRE EM SEU LAR (Alegre em seu lar significa uma casa cheia de gostosuras e gordices: chocolates, pizzas, refrigerantes... Quase igual à história de João e Maria)

UM DIA VEIO A BRUXA MÁ... E ADORMECEU A ROSA ASSIM (A bruxa má sou eu mesma, meu alter ego, a usurpadora que, num ataque de loucura, resolveu que eu deveria fazer uma reeducação alimentar. Coisas da minha Bruxa de  "Blehhhh" interior)

O TEMPO PASSOU A CORRER... (Só ele mesmo que corre, eu consigo, no máximo uma caminhadinha!)

O MATO CRESCEU AO REDOR... (Essa é a pior parte! Começou a entrar um monte de mato na minha casa! Hortelã, manjericão, salsa - que nem é de dançar, afff... - agrião, couve... Cinquenta tons de verde. Qualquer hora o porteiro interfona e diz "O senhor Hulk tá aqui, pode subir?".

UM DIA VEIO UM BELO REI... E DESPERTOU A ROSA ASSIM, BEM ASSIM... (Aqui nasce a esperança... Venha George Clooney, meu lindo, me acorde, criatura! Bom, mas não to falando de romance. Afinal, romance é romance e um lance é um lance; e o lance em pauta é a reeducação alimentar. O rei em questão seria o IMC - Índice de Massa Corporal - conquistado. Calma, Clooney, aguenta aí que nossa hora vai chegar.

BATEMOS PALMAS PARA OS DOIS... (Que dois? Agora deu medo. Será que desenvolvi uma dupla personalidade? Não sei, também não sei se no final receberei vaias ou os louros... Ah, não! Louro também, não aguento mais tanto mato... Voltemos à estrofe:

O MATO CRESCEU AO REDOR, AO REDOR...

Anita Safer

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Mais redes, por favor!

Foto: Cláudia Barros
Hoje vi uma matéria na TV falando sobre transplantes de órgãos. Eu estava distraída arrumando umas coisas, não prestei atenção direito. Uma cena, porém, chamou minha atenção e tocou meu coração. Um paciente, curado de um câncer, presenteou o médico que o curou com uma rede. Olha que coisa mais fofa, uma linda rede. O médico, visivelmente tocado com o presente disse ao repórter: "Estes pacientes acalantam meu coração". Ambos felizes, um porque estava curado e outro porque ajudou na cura. Compactuavam daquele momento. Ao dar a rede ao médico era como se o paciente dissesse: "O senhor cuidou de mim, agora deixe eu cuidar um pouquinho do senhor". A rede nos remete à imagem de descanso, sossego, ACALANTO. Acalanto é uma variação de acalento. Acalentar significa ninar uma criança, mas também significa suavizar, aliviar, consolar. Este diálogo, cheio de delicadeza, me comoveu pela simplicidade. Atitudes singelas num mundo tão duro. 
Transferindo para a nossa rotina, é aconchegante encontrar alguém que nos ofereça uma "rede", onde possamos ficar quietos, nos refazendo do cansaço das lutas, embalados pelo rangido monótono que o balançar proporciona...REC REC. Esta rede a que me refiro é simbólica, pode ser uma porta aberta, um colo amigo, a simples presença de um querer bem sincero - que nos proporciona um ambiente propício para acalmarmos a alma. 
Roberta Miranda desejou uma "rede preguiçosa pra deitar", quando compôs seu sucesso A Majestade, o Sabiá. Logo Jair Rodrigues, Chitãozinho e Xororó e diversos outros intérpretes entoaram o mesmo canto. Quem não deseja? Eu, que trago o nordeste nas veias sei como uma rede faz bem. E pra quem "acalanta" nosso coração devemos expressar nossa gratidão. Precisamos de mais redes e acalantos neste mundo. Afinal, a falta de paz e acolhimento pode causar males difíceis de serem curados.


Anita Safer

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Vixe, a cobra vai fumar!

Foto: Tina Arce
Um dia estávamos conversando abobrinha em casa e, não sei como, falamos sobre cobras. Eu, inocentemente, disse:
- Gente, essas cobras gigantes são assustadoras, elas matam quebrando os ossos da presa. Ainda bem que elas não mordem.
- Mas elas mordem - responderam.
Como assim, gente? Que absurdo! Aí todos pegaram os celulares e depois de poucas buscas vi em vídeo a realidade nua e crua. COBRAS GRANDES MORDEM, COM SEUS DENTÕES, ANTES DE ESTRANGULAR SUAS PRESAS! Não basta serem geladas, gosmentas, picarem e destilarem veneno. Elas também sabem as manhas da hipnose e até nos expulsaram do Paraíso, as danadas! É muito poder pra um ser. Fico chocada! Chocados também ficam todos, com a minha ignorância. Pessoal, tem muitas coisas que desconheço, por isso "Eis o que não sei" é o nome do meu blog.
Costumam chamar algumas pessoas de cobras, porque cobras são venenosas e dão o bote, quando menos se espera. Espero que não existam pessoas como este tipo de cobra, que agora vejo com outros olhos. Pessoas que não são venenosas, mas que te mordem antes de te sufocar num abraço. Epa! Pensando bem, se for uma mordidinha de leve o conjunto da cena não parece tão ruim; é até romântico...hehe. Peraí, deixa eu voltar ao assunto. O caso é que a ideia é ficar longe das cobras. Vamos deixá-las lá, no ambiente delas, uma engolindo a outra.
Eu falo de forma exagerada,na verdade é uma brincadeira. Todo mundo sabe que nós, seres humanos, somos mais perversos com os animais do que eles são conosco e não tenho interesse em perpetuar a imagem de vilã desta espécie de bicho. Estão apenas se defendendo e tentando sobreviver.
Algumas delas até servem pra salvar nossas vidas. Além do veneno delas ser a cura para o veneno delas - isso é estranho - na década de 60 criaram um famoso anti-hipertensivo com o soro da jararaca.
Sou hipertensa, aí já viu, a pressão subiu... Jararaca na veia. Vixe, será que eu tô provando do meu próprio veneno?

Anita Safer

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Enxaguando os pensamentos

Foto: Tina Arce
Algumas verdades são duras. Incontestáveis. Uma dessas verdades é a seguinte: Louças sujas tem um estranho prazer em se amontoar na pia e ficar olhando pra minha cara. Elas parecem conversar:

PRATO: Ei garfo, vem cá, acho que agora ela vai criar vergonha na cara e lavar a gente.
COLHER: Cala a boca, prato, você é muito chato!
PRATO: Olha aí garfo, lá vem a colher se metendo onde não foi chamada.
GARFO: Fato! Mas acho que essa mulher não vai lavar a gente ainda não, ela ainda nem suspirou; ela sempre dá aquele olhar desolado e faz...affff... curvando os ombros. É a deixa...
O copo, com aquele bocão, não consegue fechar a boca e diz:
COPO: Cara, aposto que quando meu último camarada chegar na pia ela toma uma atitude.

Aí eu chego na cozinha, curvo os ombros e suspiro...afff. Vejo que a bagunça tá armada, um por cima do outro. Comemorando, eu acho. Aí entra em cena o ensinamento da tia Zê. Ela é avó dos meus filhos e... Imagina uma pessoa organizada! Tentou me ensinar muitas coisas. Para arear panela de alumínio tem que usar uma certa força, até a bunda mexer, ela dizia. Eu ficava lá, me achando a Anitta. Prepara! Tentar chegar ao naipe da tia Zê é como apostar corrida com o Bolt, não dá. Mas uma coisa que ela me ensinou eu incorporei. Na hora de lavar a louça eu organizo tudo. Prato com prato. Talheres aqui, copos bocudos ali e vou lavando por itens. Incrível! Muito melhor!
Aí começo a lavar e divagar. Bem que eu podia aplicar o método "Zê Bolt" pra organizar meus pensamentos. Eles ficam todos bagunçados, misturados na minha cabeça. Eu deveria (depois do afff) organizá-los e lidar com um de cada vez. Primeiro jogar os restos no lixo. Limpar, enxaguar, secar as ideias. Olhar pra minha mente toda limpinha, toda bonitinha. Que maravilha!
Pensamentos desnecessários são como louça suja, vão te importunar até você tomar uma atitude em relação a eles.

Anita Safer

Sobre o amor

Foto: Arquivo Pessoal de Liana e Vítor Perotto
Será que faz sentido falar sobre o amor? Parece que já falaram tudo. Em prosas, versos, canções, filmes. Às vezes ele esbarra na gente e a gente cai. Cai e se entrega; com ele saímos de mãos dadas pro cinema, pro parque. Estalam-se beijos, apertam-se abraços, fortalecemos os laços.
Nas novelas o amor é sempre difícil, há sempre uma terceira pessoa minando o amor do "casal principal". Aí eu ando na rua e ouço uma moça falando pra outra, tal qual roteiro de novela das oito, que passa às nove: "Ele pode não ficar comigo, mas com ela ele não fica. Espera só pra ver quem vai ganhar essa briga". Ah, esse tom raivoso... Ele destoa tanto da palavra AMOR. Amor me parece uma palavra livre, que brinca, mas se compromete, que voa, que deixa chegar e partir. Porque amor que é amor não precisa aprisionar. De que adianta manter ao seu lado quem quer partir, viver outras histórias, carregar seu amor pra outro canto? Porque o amor é de cada um, ele não pertence ao outro. Daí o tal do amor próprio. Cada um com o seu. Não adianta querer prender o outro se não for a vontade dele, ele pode até ficar com você, mas o amor dele não estará ali. O amor gosta de ficar onde se sente bem.
Talvez eu esteja errada e a moça certa. Vai que o amor é como uma luta de vale tudo, ou uma corrida com obstáculos. Se for isso, sem problemas, não faço o tipo esportivo. Mas se for um jogo prefiro que a pessoa esteja jogando no meu time, onde possamos enfrentar juntos os embates da vida.
Prefiro juntar o meu amor com o amor de alguém que o queira e aí ir ao cinema, compartilhar pipocas e beijinhos.

Anita Safer

Será que sou quem pareço ser?

Foto by @holy.e.jon
Quem é você? Quem sou eu? Quem somos nós? Acredito que somos fruto das nossas experiências pessoais, das coisas que nos foram ditas e também dos silêncios. Vários fatores externos e internos fizeram com que nossa mente criasse uma imagem de nós mesmos. Esta imagem construída pode nos convencer de que somos pequenos, incapazes, inferiores. Às vezes esta impressão é reforçada pelas outras pessoas que nos limitam, rotulam, nos julgam ou se decepcionam por não correspondermos às suas expectativas. Por outro lado podemos ter uma autoimagem, também distorcida, que nos faz acreditar que somos perfeitos, superiores. Ao acreditar que somos perfeitos é a nossa vez de rotular, julgar e tentar subjugar o outro pra evidenciar essa suposta superioridade. Acontece que esta imagem criada não reflete a nossa verdadeira face. Daí a importância do autoconhecimento. Através dele poderemos ser quem somos. Nem mais, nem menos. Apenas um ser imperfeito procurando ser melhor.
Conhecer quem somos é um processo doloroso, mas libertador. Doloroso porque não é fácil encarar de frente nossos defeitos e limitações. Libertador porque abrimos mão de alguns rótulos e crenças que nos aprisionam. Deixando de olhar pra essa imagem construída e buscando nossa verdade, brindaremos o mundo com nossa singularidade e encontraremos mais energia e alegria. Abrimos mão da busca de uma perfeição idealizada. Freud já deu a dica: "Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons".

Anita Safer

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Quando tudo para e os grilos cantam

Foto: Pauline Fonseca e Clebeson Reis
Um dia saí com uma turma. Fomos a um lugar que estava cheio. Muita música e conversa no ambiente. Um dos rapazes do grupo viu uma amiga dele e foi cumprimentá-la. Um tempinho depois e ele ainda não tinha voltado. Procurei com o olhar e lá estavam eles, do outro lado do salão. No meio de todo aquele barulho e agitação, quando olhava pra eles, tão absortos, é como se tudo parasse e desse pra ouvir o cantar dos grilos... Cri...Cri...Cri. Eu e minha amigas começamos a rir, porque tivemos a mesma sensação; de que o tempo parara e o lugar desaparecera para os dois. Um momento slow... Devagar.
Um amigo me ligou ontem, disse que sentiu saudades do tempo em que andávamos juntos. Ele gostava de deitar a cabeça no meu colo pra eu tirar com a pinça os pelos de sua barba que estavam nascendo. A gente ficava um tempo naquele ritual, desligados de tudo. Era quase uma meditação em dupla, onde a gente só ouvia... Cri...Cri...Cri.
Nessa correria em que vivemos, onde a vida fica alucinada, é bom ter essa pausa. Pensar, por um instante, que temos a eternidade pela frente. Precisamos congelar alguns momentos para eternizá-los. É interessante. Se você parar pra pensar, lembrará de muitos desses em sua vida. Aqueles momentos em que tudo para e sua mente fica plena no instante. Parece que os "grilos" somem da sua cabeça e você só os ouve ao longe, entoando seus cantos...Cri...Cri...Cri. Calma, calma, calma...

Anita Safer

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

E quando coisas ruins acontecem?

Foto: Tina Arce
Hoje folheava uma revista de moda - daquelas que tem mais anúncios que qualquer outra coisa - e uma matéria chamou a minha atenção. Era sobre a americana Helen Winkle, conhecida como Baddie Winkle. Ela tem 87 anos e é sucesso no Instagram por suas fotos incríveis, com seus looks extravagantes e irreverentes. Uma coisinha fofa!
O que achei interessante foi saber que aquela mulher, com aquele sorriso exuberante, perdeu o marido em um acidente quando comemoravam 35 anos de casados e, pior ainda, um filho de 36 anos com câncer. Na entrevista ela disse uma coisa que, coincidentemente, me disseram um dia desses: "Coisas ruins acontecem". Não sei vocês, mas eu tenho muita dificuldade em aceitar que as dores fazem parte da vida, tanto quanto as alegrias. No caso dela, ela viveu o luto e vivenciou as dores profundas que estes acontecimentos trouxeram, mas descobriu que não era saudável manter o foco nas coisas que não podiam ser mudadas.
Coisas ruins acontecem. Não há como fugir desta verdade. Haja maturidade emocional!
Todos temos diferentes graus de resiliência. Algumas pessoas enfrentam situações críticas e transformam a dor em aprendizado e crescimento. Eu me desespero com muito pouco, basta pensar na possibilidade de que algo ruim possa acontecer. Tudo porque resisto a entender esta lei da vida, de que coisas ruins acontecem, independente do nosso desejo.
Pensar que o pior pode acontecer mina o momento de tranquilidade que podemos estar vivendo. É uma escolha infeliz, literalmente. Sucumbir eternamente à dor é o mesmo que nos senteciarmos à uma prisão perpétua íntima. Por outro lado, a concepção de estarmos sempre bem é irreal. Ninguém consegue.
Algumas pessoas, como no caso da Baddie, conseguem acolher a dor, vivenciá-la e transformá-la. É como se elas conseguissem - após as tempestades da vida - abrir as janelas da alma, colocar um sorriso no rosto, uma roupa extravagante (tudo bem, isso é opcional) e pensar: Sofri muito, mas já que a vida continua, vou viver. Vivendo a gente vai vendo que coisas ruins acontecem... Coisas boas também.

Anita Safer

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Mico? To "paganoooo"...

Foto: Arquivo Pessoal
Quem nunca pagou um mico, que atire a primeira banana. Conversando com alguns amigos, tentamos relembrar qual teria sido nosso maior mico. Tarefa das mais difíceis. São tantos que é difícil escolher o maior. Existem uns micos clássicos. Tombos, por exemplo. Um dia desses levei um caprichado. Caí na escada, como que empurrada pela Nazaré Tedesco e aí fiz um rolamento; até pensei em levantar num pulinho com os braços pra cima, simulando um salto duplo carpado. Não deu tempo, braços solidários me levantaram. O pior é que caí quando subia a escada, não quando descia. Sabe como se chama isso? Mico profissional, é pra poucos, mas não quero me gabar. Ver uma mulher cheinha e perguntar "É pra quando?", quem nunca?
Tem também os micos coletivos. Exemplo: Quando era adolescente fui a uma festa de final de ano num clube. Era um grito de carnaval. Baile azul e branco. Eu não tinha fantasia. Peguei uma camiseta branca, bem grande, e enfeitei com lantejoulas azuis. Meus amigos também se viraram como conseguiram e fomos. Quando entramos... Era um baile de gala! As mulheres estavam estonteantes em seus longos e os homens, saídos de uma propaganda de perfume, exibiam seus ternos. E eu? A maluca fugida do hospício. Meus amigos? Melhor não comentar pra não causar constrangimentos.
Os micos acontecem, podemos até tentar evitá-los, mas nem sempre dá. O jeito é rir de si mesmo, quando possível. Rir dos micos dos outros também pode ser irresistível. Só temos que ter cuidado pra não errar na mão e ferir os sentimentos do outro. A regra é clara, se um está se divertindo e o outro não é hora de parar com a brincadeira. Sei que vocês não vão me deixar sozinha, "micando" neste post, e vão fazer um comentário contando os seus. Alguém aceita o desafio? Prometo rir só um pouquinho... Haja kkk.
Essa história de pagar o mico surgiu por causa de uma brincadeira antiga. Um baralho que vem com vários pares de bichinhos. Só o mico não tem par e quem estiver com ele nas mãos no final do jogo, perde. Fico pensando, tadinho do mico, nem tem par - que nem eu. Ele deve ser rico, porque todo mundo "paga mico". Não sou boa em lógica, mas acompanhe meu raciocínio: O mico não tem par, por isso as pessoas "pagam mico"; eu também não tenho par, logo... Anote aí o número da minha conta.

Anita Safer

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Esmaltes - O fascínio na ponta dos dedos

Foto: Paty Arce
Não sou mulher de vaidades, do tipo maluca por sapatos. Tenho preguiça de salões de beleza. Claro que gostaria de ser vaidosa, uma diva, mas dá trabalho. Salão, só para situações de emergência. Agora seria o caso (consegue ouvir as sirenes?), meu cabelo tá imenso e sem corte. Ele não sabe se é claro ou escuro. Ah, esses cabelos e suas indecisões! Mas uma coisa me faz sentir a mulher mais poderosa do mundo. Unhas pintadas. Tô triste? A unha pintada me anima (tristezinhas pequenas, claro!). Nervosa? Até o cheirinho do esmalte me acalma (só pra esclarecer, não sou uma cheiradora de esmaltes). Como já disse, não sou muito de salão - sobra preguiça e falta dinheiro - então, eu mesma pinto as minhas unhas. Uma lambança só. Tenho uma caixa cheia de esmaltes e... Ai, meu Deus!... Vou confessar... Tenho a estranha mania de pintar as unhas seguindo a ordem alfabética dos nomes dos esmaltes. Que vergonha! Mas pronto, falei! Já, já contei pro meu analista, mas ele não sugeriu internação, então, vamos seguir.
Diante de tanto encantamento surge a curiosidade. De onde vem essa ideia tão fofa de colorir as pontas dos nossos dedinhos? Do dedo mindinho ao polegar - passando pelo dedo do meio, aquele malcriado? Eis o que não sei. Fui pesquisar. Pronto. Começou no antigo Egito, claro! Berço da civilização e do estilo. As egípcias pintavam as unhas com henna, isso por volta de 3.500 a.C. Na China, no século III a.C. começaram a usar esmaltes feitos com soluções de prata, nos tons vermelhos e metálicos. Mas foram as tinturas pra carro, desenvolvidas em 1925 que deram origem aos esmaltes que conhecemos hoje. Isso! Encontrei a resposta! Agora já sei porque me sinto tão incrível quando estou de unhas pintadas - é que me transformo numa Ferrari.


Anita Safer



Referência: patriciafrancoriopreto.blogspot.com.br

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Para quem faz acontecer... Os louros!

Foto: Arquivo Pessoal
"Quem quer faz. Quem não quer, manda". Minha mãe sempre dizia esta frase. Ela queria dizer que quando queremos realmente uma coisa, devemos fazer acontecer. Não devemos só ficar esperando que outros façam.
Em frente à minha janela há um parquinho. Ainda lembro quando estava sendo construído. Meus filhos brincavam naquele morro de areia, que depois foi nivelado pra receber balanços, gangorras, um brinquedo de rodar e escorregador. De lá pra cá os filhos cresceram e os brinquedos foram estragando pela ação do tempo e pela falta de manutenção. É triste. A quadra é cheia de crianças. Algumas delas ainda não estão contaminadas pelo bichinho da tecnologia e preferem diversão ao ar livre aos IPHONEs, IPADs e outros ais. Vi no elevador do meu prédio um aviso sobre uma campanha para a reforma do parque. Pediam a contribuição de um real. Fui levar minha contribuição ao Lourival (mais de um real, não sou tão sovina... Levei um e dez... Hahaha... Brincadeirinha!). O Lourival é o cara! Foi ele quem teve a iniciativa de restaurar o parque, que nem é do nosso prédio, é de toda a quadra. Ele trabalha no nosso bloco ( bloco F da SQN 312) há uns vinte anos e é muito querido por todos porque, como já disse, ele é o cara. Um ótimo exemplo de gente boa.
Cansei de ouvir pessoas reclamando das condições do parque, sempre culpando sei lá quem sobre o estado de abandono. Mas o Lourival não é o tipo de pessoa que espera, ele faz. Não pensa "Não é comigo, não tenho nada a ver com isso". Plantou uma árvore há um.ano e meio pra que ela fizesse sombra numa parte do parque. Para ajudá-lo, alguns moradores se reuniram e fizeram um bazar para ajudar. Uma excelente iniciativa, mas ainda falta muito.
Sabe a frase de Gandhi SEJA A MUDANÇA QUE VOCÊ QUER VER NO MUNDO?... Eu mudaria neste momento para SEJA O LOURIVAL QUE VOCÊ QUER VER NO MUNDO. Lourival, ou Louro, como o chamamos. Os louros hoje vão todos pra você. Se alguém que estiver lendo, especialmente se for morador da quadra, quiser colaborar com a campanha, procure o Lourival na portaria do Bloco F, da 312 Norte ou através do seguinte email: parquinho312norte@gmail.com

Anita Safer

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Cada nome, uma história

Foto: Tina Arce
Sou super curiosa com a origem dos nomes. Tenho que me controlar, porque quando conheço alguém e a pessoa diz "Prazer, meu nome é Fulano", meu impulso é perguntar "Fulano? Por que Fulano?". Com certeza perderia a chance de conhecer muitos fulanos e fulanas legais agindo assim. Eles se afastariam com medo da minha bizarrice. Então, faço o seguinte, espero criar um vínculo e, na primeira oportunidade, pergunto a origem do seu nome. Não me interessa saber algo, tipo... Origina-se do latim e significa "a rosa meio azulada do deserto"; quero saber o motivo pelo qual o nome da pessoa foi escolhido. Interessante, muita gente não sabe responder à esta pergunta.
Sou a caçula em uma família grande. Depois de escolherem tantos nomes com a letra C (rolava um critério na escolha), a criatividade dos meus pais acabou. Fizeram um sorteio. Minha irmã Cleonice e uma amiga, Ana, resolveram juntar os nomes das duas e resultou em Cleane. Amo meu nome, e sabe-se lá o que tinha nos outros papeizinhos... Acho que a forma como meu nome foi escolhido influenciou na minha personalidade, porque tenho mania de sorteios. Meus filhos sabem a história do nome deles. Não quero que sejam fulanos que não saibam responder à esta pergunta, tão fundamental.
Tenho um amigo cujo nome é o de um tio que tinha morrido afogado. Uma espécie de homenagem. Quando ainda era garoto e soube disso, meu amigo decidiu que aprenderia a nadar. Herdar o nome, sim; o destino, não. Hoje ele é um homem maduro e feliz, que adora água e leva a vida no melhor estilo nado livre.
Caso você seja um fulano, ou fulana, que tenha esta informação, tão preciosa, sobre seu nome, me conte. Tô aqui, morrendo de curiosidade! 
Caso não me conheça, "prazer, meu nome é Cleane, a moça do sorteio" ou Anita Safer - mas aí é outra história...

Anita Safer

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Tá rindo de que?

Foto: Tina Arce
Um dia desses alguém postou um vídeo em que um rapaz entra num trem e, vendo algo no laptop, começa a rir. Aos poucos as pessoas começam a rir também. Quando percebi eu tava dando gargalhadas, sozinha. Dia desses também ri até a barriga doer em umas cenas do filme Florence, com a maravilhosa Merryl Streep. É incrível o poder do riso e da alegria na vida da gente. A música do Falamansa diz... "Não que a vida esteja assim tão boa, mas um sorriso ajuda a melhorar". Ô, como ajuda! O sorriso equilibra a nossa mente. Enquanto o choro lava a alma, o sorriso ilumina, aquece. Adoro aquele sorriso que vem de dentro, que não conseguimos conter. Fruto de um desejo realizado ou de uma surpresa boa. Pode ser um emprego conquistado, o resultado de um teste de gravidez, um filho que passou no vestibular, o telefonema ou mensagem de alguém que você achava que não te procuraria (mas desejava que sim). Quando esse riso aparece você ri no carro, no banho, na rua; até num velório ele pode aparecer, indomável.
Tem coisa mais gostosa que a gargalhada de uma criança? Cheguei a gravar a risada da minha filha mais velha quando era bebê. A risada dos filhos é a melhor das músicas. Nos acalma sorrir ou ver o sorriso verdadeiro e claro das pessoas. É como se recebessemos a mensagem... Neste momento, está tudo bem.

Anita Safer

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Na condução da vida

Foto: Tina Arce
Quando tirei carteira de motorista tive um instrutor que era uma figura. Ele parecia com o José Rico e Milionário. Você entendeu, com um dos dois. O de barba e óculos escuros. Nunca sei qual deles é ele. Ele era meio doidão; o instrutor, no caso. Me mandava estacionar no bar pra comprar cigarro, entre outras maluquices. Mas era um filósofo. Eu não tirava os olhos do retrovisor e sempre que via um ônibus ou caminhão vindo, dizia... "Ai, meu Deus! Vem um ônibus GIGANTE, vai passar por cima da gente!". Cansado das minhas histerias ele mandou que estacionasse e disse, mais ou menos, o seguinte: "Presta atenção. Dirigir é como viver. Você tem que olhar pra frente, pra não perder o eixo num quebra-molas qualquer. Existem uns sinais que nos avisam quando devemos desacelerar, parar ou seguir. Uns caminhos são bem sinalizados, outros não. Acidentes acontecem, às vezes por nossa culpa (então devemos tentar evitá-los), outras à nossa revelia. Não temos o controle de tudo. A vida tem dessas coisas. Mas uma coisa é certa, só devemos olhar no espelhinho do passado quando for importante; quando formos mudar o trajeto e precisamos ver que o que está lá atrás não pode nos atrapalhar. Moral da história, TIRA O OLHO DO RETROVISOR, MOÇA!"
Depois disso consegui relaxar mais ao volante. Era mesmo muito estressante olhar pra frente e pra trás o tempo todo. Eram muitos veículos GIGANTES nas vias. Mas sobre este ensinamento na vida tenho que estar sempre me policiando - Olha a blitz...rsrs. O passado gosta de vir, às vezes, na mente da gente, como um enorme caminhão desgovernado. No retrovisor da lembrança ele parece maior e mais ameaçador do que realmente é. Se soubermos ser bons condutores, vamos parar de nos preocupar com o que está lá atrás, podemos até liberar o espaço para que o passado siga seu caminho. A única coisa que podemos fazer é procurar dirigir nossa vida com cuidado e confiança. Às vezes precisamos usar a marcha ré e voltar um pouquinho. Não correr mais que o permitido pra não atropelar os outros ou se arrebentar à toa. Também não ser tão lentos ao ponto de empacar as pessoas.
Na vida até encontramos alguns bons instrutores, mas a condução é responsabilidade nossa. No mais, é fazer uma revisão de vez em quando e torcer pras estradas estarem em bom estado. Ah, e não esqueça de andar com os faroizinhos bem acesos. Mais essa agora!

Anita Safer

sábado, 9 de julho de 2016

Bichinhos... Mais fofura em nossa vida

Foto: Arquivo pessoal
Quase todos os dias acordo com um focinho gelado no meu nariz. Viro pro outro lado e o focinho me persegue, até o ponto em que fico com a cabeça pendurada fora da cama ou esmago a cara na parede. Tentativa vã de dormir mais um pouquinho. É assim que a Jackeline, minha gatinha, gosta de nos desejar bom dia. Ela tá velhinha, tem 17 anos (o que equivale a 84 anos na idade humana, aproximadamente). Mas tá enxuta. Hoje em dia é mansa. No passado parecia saída de um filme de Hitchcock, tamanho terror que provocava. Atacava feito uma besta fera os desavisados - e os avisados também, não fazia distinção. Comigo sempre foi uma fofa. Eu sempre pude pegar, apertar, beijar. Desculpa aí, galera que foi atacada, beijinho no ombro pra vocês, mas eu fui a eleita...hahaha. 
Minha paixão por gatos é antiga. Gosto deles porque são lindos e preguiçosos. Eu também sou... preguiçosa. Cachorros são fofos demais, mas não são pra mim. Não sou muito boa com bichos e plantas que precisem de muita atenção. Em casa só tenho cactos, que são resistentes, e, acreditem, não posso garantir vida longa a eles. Gosto da independência dos gatos. Dóceis, ariscos, desastrados, bagunceiros... cada um de um jeitinho, mas com características em comum, como o dom de destruir sofás e fazer só o que querem e na hora que lhes der na telha. 
Um bichinho em casa nos aproxima da natureza em sua essência. É uma relação honesta. A maioria de nós tem lembranças ternas dos animais da infância. Eles dão mais vida à nossa vida. São ótimos companheiros quando precisamos desabafar, pois nos escutam sem nos julgar, no máximo dão uns miados (ou latidos, piados... seja lá qual for o barulho que seu bicho de estimação faça). Estes sons podem significar "Vai ficar tudo bem", "Fica triste não", "Cadê minha ração, criatura?" ou ele pode estar só cantando ou te julgando mesmo, tipo "ô humano fresco, resmunga à toa"; vai saber...
Já vi bichinhos ajudarem pessoas que passavam por momentos difíceis, como depressão, solidão ou doença. Eles nos fazem rir, nos estressam e nos emocionam. Tudo junto e misturado.
É muito bom ter um bichinho em casa. Se você não tem nenhum e deseja ter, não compre, adote. Muita gente boa e ONGs resgatam animais na rua, tratam e buscam pessoas para adotá-los.  Caso já tenha algum, que tal falar um pouquinho dele aqui nos comentários? Vou adorar!

Anita Safer

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Será que somos olímpicos?

Foto: Liana Perotto
As olimpíadas estão chegando ao Brasil. Fico acompanhando, na imprensa e nas redes socias, as opiniões favoráveis e contrárias ao evento. Independente das questões políticas e econômicas que envolvem o assunto, uma coisa é certa: Esporte é uma aula de vida. Quando vejo os atletas, suas superações e esforços diários, me emociono. Penso na quantidade de vidas que são transformadas através do esporte. Os atletas paraolímpicos, então, nem se fala.
Será que posso pegar carona, um tiquinho que seja, neste espírito olímpico? Posso aprender com os nadadores a importância da respiração; com os corredores que o tempo é precioso e não pode ser desperdiçado. Com os judocas vejo que a gente é derrubado, mas precisa aprender a cair e levantar. No boxe a gente tem que lutar com garra, quando necessário. A ginástica rítmica ensina a graciosidade que pode existir, mesmo no meio do esforço. De vez em quando temos um esporte em equipe, nem tudo pode ser superado individualmente. Na vida a gente pula, sobe, desce e cai...aiaiai
Vendo tantos exemplos de esforço eu penso que posso levantar meu traseiro gordo do sofá e fazer uma caminhada diária. Posso abrir mão do refrigerante - to nessa maratona há um mês, mas parece uns trinta anos, tamanho esforço...hahaha - para melhorar minha saúde.
Posso ter um objetivo material e buscar meio para concretizá-lo, com muita determinação. Posso muita coisa. Eles provam isso. Daí a importância de valorizar o esporte e os atletas. Muitos deles são exemplos e agentes de transformação. Gerações podem ser salvas pela prática de atividades esportivas.
Lembro que meu filho caçula, quando era bem pequeno, entrou de penetra numa corrida que o irmão estava participando e quando chegou em último lugar, gritou: "Eu ganhei, ninguém chegou atrás de mim!"...kkkk. Ouço até um trecho da música que Elis cantava, maravilhosamente... "Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar".
Medalha de ouro para os atletas olímpicos, paraolímpicos, para os que promovem e incentivam (com honestidade e transparência) o esporte. Medalha também para os atletas não profissionais e para todos os que buscam em si mesmos este espírito guerreiro de se superar a cada dia nas provas da vida.

Anita Safer

sábado, 25 de junho de 2016

Superstições... Vai que...

Foto: Tina Arce
Superstições são interessantes. Você se pega fazendo coisas sem fundamento, mas faz assim mesmo, vai que...
Se alguém fala algo que não quero que aconteça, ao invés de falar "Deus me livre", toc...toc...toc... Três toques na madeira. Na hora. É instantâneo. Fico pensando que a cada dia teremos menos móveis de madeira, em função da contenção do desmatamento (o que tem todo o meu apoio), então teremos que sair de casa correndo pra achar uma árvore e toc...toc...toc.
Chinelo virado, nem pensar. Caramba, na minha casa éramos oito filhos. Muito chinelo pra uma mãe só. Todo mundo sabe que chinelo virado é batata - A mãe morre e a culpa é sua! Mas o chinelo da mãe voando em direção aos traseiros de moleques levados era só doloroso, mesmo que caíssem virados pra baixo. Mãe é mãe, elas tem autoridade no que se refere a chinelos. Tinham, porque agora tem a Lei da Palmadinha, que acabou com a emoção. Deixar a porta do armário aberta é terrível! A morte sai lá de dentro pra te buscar. Essa superstição eu não tenho. Nem a morte ia aguentar a bagunça do meu armário. Deixo a porta fechada, por motivos óbvios.
Sexta-feira 13 dá azar, passar embaixo da escada dá azar. Quebrar espelho? Sete anos de azar e, acredite, falar a palavra azar dá azar (pausa pro toc toc toc). Nada dá sorte? Sim. Trevo de quatro folhas dizem que dá sorte e pé de coelho também; o que é um absurdo. Com certeza os coelhos não concordam com essa opinião e eu concordo com eles. Mas a que abomino é a de que gato preto dá azar. Já tive a SORTE de ter um, que só me trouxe coisas boas.
E você? Me fale sobre sua superstição. Só não fale a mesma coisa e na mesma hora que eu, senão vamos ter que tocar em algo verde... Por que verde, gente? De onde vieram essas crendices? Eis o que não sei.

Anita Safer

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Amadurecimento - A hora de cuidar de si

Foto: Liana Perotto
Certa vez ouvi, de uma pessoa que admiro muito, a seguinte frase: "Dizem que amadurecemos quando nos tornamos pais e mães de nós mesmos". Algo tipo isso. Eu não sou psicóloga nem filósofa, mas em meus pensamentos - tal qual o rei Julian, do desenho Madagascar - "Eu me remexo muito, muitooo...". Quando a coisa fica rodopiando na minha cabeça ela acaba saindo pela ponta de uma caneta ou nas teclas de algum aparelho eletrônico.
É interessante pensar sobre isso. Nunca havia pensado por este ângulo. Chega um momento em que, por desejo ou necessidade, precisamos dizer... Valeu mãe, valeu pai, vocês fizeram o que tiveram condições de fazer, dentro de suas possibilidades e limitações; agora é comigo. Estou falando de maneira rasa, simplista. Sei que existem casos em que a relação Pais/Filhos deixa marcas profundas, que necessitam de ajuda terapêutica. Lembrem, eu sou só um rei Julian me remexendo, se eu estiver falando besteira, desconsiderem!
É muito interessante me imaginar assumindo este papel de pai e mãe de mim mesma. Acredito que dentro de nós ainda habita aquela criança querendo ser ouvida. Que não sabe lidar com suas expectativas e frustrações. Sente medo, mas em outros momentos se joga sem medir as consequências. Acho que agindo como pais amorosos e zelosos desta criança que trazemos dentro de nós, teremos mais condições de nos cuidar. Queremos o melhor para esse filho que vemos no espelho, quando nos olhamos. Ou filha. Não queremos ver um filho andando com pessoas que façam mal a ele, que o desqualifiquem ou o façam sofrer. Queremos que ele aprenda com os erros, que seja saudável. Que seja respeitado em suas escolhas. Temos consciência de que esse filho não é perfeito, mas o amamos incondicionalmente. Ficamos felizes com suas conquistas, valorizamos seus talentos. Nós procuramos acalmá-lo e o compreendemos quando ele está sofrendo. Puxamos a orelha quando necessário. Gostamos que ele cumpra suas responsabilidades. Acima de tudo, queremos que ele seja feliz.
Ser nosso pai e nossa mãe pode nos fazer assumir as rédeas de nossa vida; não delegando aos nossos pais - estando eles presentes ou ausentes - a responsabilidade eterna de nos conduzir ou suprir nossas necessidades e carências. Não é justo com eles, nem conosco. 
Como diz uma amiga minha "Cada pessoa tem uma vida, então que cada um cuide da sua". Isso não é pouca coisa, eu acrescentaria. Mas nada melhor que seguir a vida sabendo que somos amados, cuidados e protegidos pelos melhores pais, que podemos ser.

Anita Safer