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Foto: Tina Arce |
Se alguém fala algo que não quero que aconteça, ao invés de falar "Deus me livre", toc...toc...toc... Três toques na madeira. Na hora. É instantâneo. Fico pensando que a cada dia teremos menos móveis de madeira, em função da contenção do desmatamento (o que tem todo o meu apoio), então teremos que sair de casa correndo pra achar uma árvore e toc...toc...toc.
Chinelo virado, nem pensar. Caramba, na minha casa éramos oito filhos. Muito chinelo pra uma mãe só. Todo mundo sabe que chinelo virado é batata - A mãe morre e a culpa é sua! Mas o chinelo da mãe voando em direção aos traseiros de moleques levados era só doloroso, mesmo que caíssem virados pra baixo. Mãe é mãe, elas tem autoridade no que se refere a chinelos. Tinham, porque agora tem a Lei da Palmadinha, que acabou com a emoção. Deixar a porta do armário aberta é terrível! A morte sai lá de dentro pra te buscar. Essa superstição eu não tenho. Nem a morte ia aguentar a bagunça do meu armário. Deixo a porta fechada, por motivos óbvios.
Sexta-feira 13 dá azar, passar embaixo da escada dá azar. Quebrar espelho? Sete anos de azar e, acredite, falar a palavra azar dá azar (pausa pro toc toc toc). Nada dá sorte? Sim. Trevo de quatro folhas dizem que dá sorte e pé de coelho também; o que é um absurdo. Com certeza os coelhos não concordam com essa opinião e eu concordo com eles. Mas a que abomino é a de que gato preto dá azar. Já tive a SORTE de ter um, que só me trouxe coisas boas.
E você? Me fale sobre sua superstição. Só não fale a mesma coisa e na mesma hora que eu, senão vamos ter que tocar em algo verde... Por que verde, gente? De onde vieram essas crendices? Eis o que não sei.
Anita Safer
Anita Safer
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