quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Sobre o amor

Foto: Arquivo Pessoal de Liana e Vítor Perotto
Será que faz sentido falar sobre o amor? Parece que já falaram tudo. Em prosas, versos, canções, filmes. Às vezes ele esbarra na gente e a gente cai. Cai e se entrega; com ele saímos de mãos dadas pro cinema, pro parque. Estalam-se beijos, apertam-se abraços, fortalecemos os laços.
Nas novelas o amor é sempre difícil, há sempre uma terceira pessoa minando o amor do "casal principal". Aí eu ando na rua e ouço uma moça falando pra outra, tal qual roteiro de novela das oito, que passa às nove: "Ele pode não ficar comigo, mas com ela ele não fica. Espera só pra ver quem vai ganhar essa briga". Ah, esse tom raivoso... Ele destoa tanto da palavra AMOR. Amor me parece uma palavra livre, que brinca, mas se compromete, que voa, que deixa chegar e partir. Porque amor que é amor não precisa aprisionar. De que adianta manter ao seu lado quem quer partir, viver outras histórias, carregar seu amor pra outro canto? Porque o amor é de cada um, ele não pertence ao outro. Daí o tal do amor próprio. Cada um com o seu. Não adianta querer prender o outro se não for a vontade dele, ele pode até ficar com você, mas o amor dele não estará ali. O amor gosta de ficar onde se sente bem.
Talvez eu esteja errada e a moça certa. Vai que o amor é como uma luta de vale tudo, ou uma corrida com obstáculos. Se for isso, sem problemas, não faço o tipo esportivo. Mas se for um jogo prefiro que a pessoa esteja jogando no meu time, onde possamos enfrentar juntos os embates da vida.
Prefiro juntar o meu amor com o amor de alguém que o queira e aí ir ao cinema, compartilhar pipocas e beijinhos.

Anita Safer

Um comentário:

  1. AHHHHH!!! O AMOR apresentado na forma simples e leve... Como deve ser. Amei ler e me imaginar comendo pipoca com um amor que me escolha.... E que tenhamos como garantia. O sentir pleno e amoroso do hoje.

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