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Foto: Liana Perotto |
Será que posso pegar carona, um tiquinho que seja, neste espírito olímpico? Posso aprender com os nadadores a importância da respiração; com os corredores que o tempo é precioso e não pode ser desperdiçado. Com os judocas vejo que a gente é derrubado, mas precisa aprender a cair e levantar. No boxe a gente tem que lutar com garra, quando necessário. A ginástica rítmica ensina a graciosidade que pode existir, mesmo no meio do esforço. De vez em quando temos um esporte em equipe, nem tudo pode ser superado individualmente. Na vida a gente pula, sobe, desce e cai...aiaiai
Vendo tantos exemplos de esforço eu penso que posso levantar meu traseiro gordo do sofá e fazer uma caminhada diária. Posso abrir mão do refrigerante - to nessa maratona há um mês, mas parece uns trinta anos, tamanho esforço...hahaha - para melhorar minha saúde.
Posso ter um objetivo material e buscar meio para concretizá-lo, com muita determinação. Posso muita coisa. Eles provam isso. Daí a importância de valorizar o esporte e os atletas. Muitos deles são exemplos e agentes de transformação. Gerações podem ser salvas pela prática de atividades esportivas.
Lembro que meu filho caçula, quando era bem pequeno, entrou de penetra numa corrida que o irmão estava participando e quando chegou em último lugar, gritou: "Eu ganhei, ninguém chegou atrás de mim!"...kkkk. Ouço até um trecho da música que Elis cantava, maravilhosamente... "Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar".
Medalha de ouro para os atletas olímpicos, paraolímpicos, para os que promovem e incentivam (com honestidade e transparência) o esporte. Medalha também para os atletas não profissionais e para todos os que buscam em si mesmos este espírito guerreiro de se superar a cada dia nas provas da vida.
Anita Safer