terça-feira, 5 de março de 2013

Por uma vida melódica

Foto: Érica

“Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste, sou poeta” – diz o belíssimo poema de Cecília Meireles. Eu, por minha vez, também não sou alegre nem sou triste, mas não sou poeta. Quem dera fosse. Mas canto. Cantar é como levitar ao som de acordes e melodias. Uma espécie de transe, como se a gente sintonizasse numa frequência vibratória do bem.
O HUB (Hospital Universitário de Brasília) está fazendo um trabalho diferenciado no tratamento de pacientes vítimas do Alzheimer. Sabendo dos benefícios da música no processo terapêutico foi criado um coral. Embora não seja comprovada cientificamente a eficácia do canto no tratamento da doença, os parentes relatam melhoras no estado de humor dos pacientes.  Sem contar que a música ajuda na preservação da memória para quem não apresenta a doença ou está ainda no início.
Em Brasília não faltam opções de corais. São corais religiosos, ligados a empresas ou órgãos públicos, corais da terceira idade, alguns mais profissionais, outros mais simples. Eu comecei cantando no coral da Comunhão Espírita, fui para o coral Unicanto e hoje estou no coral do Cenart. O coral Unicanto é maravilhoso. O regente, Wellington Fagundes, é professor da Escola de Música de Brasília. A paixão e conhecimento profundos que ele tem pela música envolvem o grupo e o resultado é um espetáculo. O ensaio deles acontece às segundas-feiras, 19h25 na FEDF (408 Sul). Infelizmente tive que sair em função de dificuldade de horário e necessidades pessoais que exigiram minha atenção na época.
Hoje canto no coral do CENART. É um coral bebê ainda. São poucos - porém comprometidos - componentes que fazem um trabalho de harmonização de ambiente para que os artistas plásticos e escultores do Centro trabalhem em suas obras. Quem está à frente do coral é o Paulo Rogério. Ele se desdobra entre a regência e o canto (canta no naipe dos baixos). Tudo por amor à obra. Nossos ensaios são aos sábados, às 14 horas, no CENART (Centro de Arte Francisco Antônio Lisboa), na 505 Sul, entrada pela W2.
Então vamos cantar... E cantar... E cantar. Pode ser num coral, no palco ou embaixo do chuveiro.
Com trilha sonora nossa vida fica ainda mais interessante.

Anita Safer

Um comentário:

  1. "Cantar... e Cantar e Cantar, a beleza de ser um eterno aprendiz..."!!
    Querida Anita!
    CANTE e ENCANTE sempre que puder.
    A Música realmente é uma Dádiva de Deus e está disponível à nossa alma e coração sempre que quisermos, basta querer.
    Um grande abraço e sucesso em sua jornada.
    Fique com Deus!

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