sábado, 21 de outubro de 2017

Ela aceitou...

Foto: Mônica Perotto
Fui convidada para o almoço de celebração do casamento da Jane. Fiquei muito, MAS MUITO FELIZ MESMO, com o convite. Fiquei também lisonjeada porque a Mônica, organizadora e bonita, ao me fazer o convite disse:

- Queria tanto que você falasse algo no microfone, tipo Anita Safer.

Ah, como eu gostaria de fazer isso, mas não sou boa com palavras faladas - a timidez atrapalha - é  por isso que escrevo. Desculpa, Mônica. Uma amiga costuma dizer que é difícil dizer não para pessoas bonitas. Imagina como foi difícil negar um pedido seu, que é danada de linda. Mas o André assumiu a função e arrasou. Fez uma homenagem brilhante que representou bem o sentimento de todos.
É interessante como a gente se emociona em algumas situações. O casamento da Jane me emocionou muito. Ela esteve presente em uma parte significativa da minha vida e guardo essas lembranças com muito carinho. Em um segundo voltei no tempo e me vi, anos atrás, jogando o I Ching (um oráculo chinês) pra ela. Ela perguntava se algum dia encontraria uma pessoa especial para amar. Embora o I Ching siga uma linha filosófica e não premonitória ou espiritual, ele indicou que o desejo do coração dela se realizaria; mas ela teria que ter paciência porque iria demorar. 
Lembro que naquele momento tive um sentimento forte de amor e desejei profundamente testemunhar esse dia. E o dia chegou. Foi necessário mesmo muito tempo para que ele chegasse. O amor é caprichoso, escolhe onde quer se aninhar. Usa os recursos que encontrar, no caso, as ondas de um rádio amador.  Para que ele se aconchegasse nos corações de Jane e de seu amado ele teve que superar o tempo, a distância e até a dificuldade da língua (ele é estrangeiro). Mas o que é o amor senão um encontro? Não um encontro qualquer, mas O Encontro. 
Não dá pra saber ao certo a razão pela qual uma pessoa se une à outra para compartilhar a vida, é um mistério, uma magia do Universo.
Quando alguém casa, os corações das pessoas que gostam dela ficam repletos de carinho, cuidados e mimos. Já perceberam que nos casamentos uma grande parte dos casais presentes trocam olhares de cumplicidade, como se estivessem renovando os votos? É que o amor é contagiante. 
A Jane acreditou, desejou e aguardou com paciência este momento. Mas não ficou sentada a vida toda esperando o tal amor acontecer. Ela viveu intensamente, exercitando a arte de amar e se relacionar com a família e amigos. 
Agora ela vai morar longe e construir uma nova família, com a benção de todos. 
Sou grata pela oportunidade de fazer parte deste momento tão especial. Jane, você estava linda esquecendo o buquê...hahaha... Mas sem esquecer de que é a protagonista de sua história e de que merece ser muito feliz.

Anita Safer


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