Foto cedida por Nema de Sousa |
Slackline - Modalidade esportiva que surgiu nos anos oitenta, num momento de descanso de escaladores nos Estados Unidos que, para fazer uma hora antes da escalada, amarraram uma fita, de uma árvore à outra e começaram a se equilibrar sobre ela, como se fosse uma corda bamba. Diferente da corda bamba - onde é utilizada uma corda bem esticada e de menor mobilidade - o slack é montado com uma fita de nylon elástica, mais flexível. Por esta razão se chama slackline, que significa linha folgada. Existem várias vertentes do esporte, que vão da forma mais simples - 30 cm, aproximadamente, do chão - até as formas mais complexas - feitas de um prédio ao outro ou sobre a água, pelos desportistas radicais.
Tenho visto muitos jovens praticando o slack pela cidade. Acho muito legal. Além de ser uma atividade física que trabalha diversos músculos do corpo, exige muita concentração e equilíbrio. Ainda tem a vantagem do baixo custo e pode ser praticado ao ar livre. Mas achei surpreendente descobrir que o esporte é oferecido para alunos de uma escola pública em Sobradinho. A professora de arte, Nema de Sousa, apaixonada pelas práticas circenses, vendo jovens praticando o esporte pensou: "Por que não?". Adoro esta pergunta, ela costuma fazer maravilhas em alguns casos. Com este espírito de experimentar e levar novas formas de expressão corporal aos seus alunos, ela arregaçou as mangas. Priorizando a segurança, comprou o equipamento necessário e... mãos à obra! Vislumbrou na atividade uma forma de desenvolver diversas capacidades pessoais e começou um trabalho realmente digno de mérito; em parceria com professores do Ensino Especial de sua escola, iniciou a prática do slackline com as crianças portadoras de necessidades especiais.
Acho incrível esta proposta. Imagina o quanto pode-se trabalhar com estes jovens durante uma atividade assim. Equilíbrio, concentração, segurança, sentimento de liberdade e coragem. Sem falar na parte física. Eu e Nema já trabalhamos juntas com teatro. Admiro sua determinação e sua linha de trabalho sempre voltada para a inclusão social. Esta não é uma ação que ela iniciou agora, já foi muito atuante na questão dos menores de rua. Acredito que seja um desejo nato de proporcionar mais àqueles que necessitam de maior superação.
Só posso desejar muito sucesso à Nema em seu trabalho. Que ela sirva de inspiração para muita gente e que suas crianças sejam craques em superar suas limitações no esporte e na vida.
Anita Safer
Um VIVA para a Vida!!
ResponderExcluir