domingo, 7 de abril de 2013

Um chorinho enfeitiçado

Quem me conhece há muito tempo sabe que sempre fui apaixonada por bandolins. Acho o som do instrumento diferenciado e sempre o associei a músicas lindas e de qualidade. Foi uma surpresa maravilhosa quando, no ano passado, sorteei como atividade para este ano aprender bandolim. Surpresa maior ainda foi ser sorteada na Escola de Música para um curso de um ano. De cara conheci duas pessoas que também estão começando e gostei dos dois: o Felipe e a Vilanir. Ele, como é mais sabido, foi pra uma aula mais avançada. Eu e Vilanir formamos uma dupla de iniciantes e esperançosas alunas. O curso será voltado para o chorinho. Isto me agradou demais. Talentos não faltam no Brasil e terei um material extenso para pesquisa e estudo.
Meu professor, Rafael Bandol, sugeriu que fossemos a uma roda de choro que ele participa, assim teríamos um contato maior com a música e com o instrumento. Brasília é um lugar espetacular neste sentido. Você encontra locais para todos os estilos e preferências. Aí entra o "eis o que não sabia"... e agora sei. O Feitiço Mineiro (306 Norte), onde vou muitas vezes assistir shows deliciosos e de qualidade, oferece uma roda de chorinho todas as quartas-feiras, de 19h30 às 22h30. Fui lá conferir. Estavam tocando quatro músicos:
Leo Benon (cavaquinho) e Dudu 7 cordas (violão)
Rafael Bandol (bandolim) e Gabriel Pardal (pandeiro)

o Rafael Bandol (bandolim), Dudu 7 cordas (violão), Gabriel Pardal (pandeiro) e Leo Benon (Cavaquinho). Excelentes, por sinal. Eles ficam na parte externa do restaurante, o que deixa o ambiente mais descontraído e gostoso. Música de qualidade num excelente ambiente. Uma combinação perfeita. É maravilhoso ver músicos jovens preservando e aprimorando o que temos de melhor em produção musical. A casa oferece este projeto desde 2010. Lá vocês terão a oportunidade de ouvir estes e outros músicos que aparecem de vez em quando para dar uma canja. Para quem curte chorinho e um papo gostoso sugiro uma ida a esta roda de choro.
No momento eu ainda estou tentando acertar os dedos nas cordas do bandolim. Mas no futuro, quem sabe, serei uma grande "chorona" e "bandoleira" e também tocarei naquele canto mineiro e enfeitiçado.

Anita Safer

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