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Foto: Romero Perotto |
Por amor nos privamos da liberdade de ir e vir, para que o pessoal da saúde possa se proteger e nos salvar. Os que trabalham com serviços essenciais estão correndo risco por nós. É o amor e a empatia que faz com que nos preocupemos com aqueles que perderam seus empregos e rendas. Neste estranho momento esperamos que sejam protegidos e assistidos pelo Estado, afinal, para isso seus representantes foram eleitos.
Então traçamos estratégias pra lidar com tudo isso. Pessoas cantam e tocam instrumentos nas janelas e nas redes sociais. A arte cumprindo sua tarefa de proteger nossa saúde mental. Afinal, o que seria de nós sem os artistas? Com suas músicas, filmes, escritos, estão sempre nos transportando a um lugar melhor. Enquanto isso, cientistas de todo o mundo buscam - incessantemente - a cura, o alívio para esse vírus que, tão pequeno, mostrou nossa pequenez.
Nesses tempos estranhos não devemos nos deixar seduzir pela ideia de que não estamos vivendo tempos estranhos. Não são tempos de férias, onde podemos caminhar pelas ruas e parques. É o tempo da espera, para que ao fim possa vir um novo começo; a reconstrução de tudo.
Tudo por amor.
Hoje os pássaros cantaram alto em frente à minha janela. Sempre cantaram, mas meus ouvidos não estavam tão treinados para ouvir, pois os sons da cidade não permitiam. Eles vivem a liberdade e devem se perguntar que tempos estranhos são esses em que os humanos estão engaiolados.
Pássaros, nós também amamos a liberdade. Para usufruirmos dela, e por amor, ficamos o máximo possível em casa. Vamos nos proteger e proteger quem amamos, para sairmos juntos desses tempos estranhos.
Anita Safer
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