sábado, 22 de julho de 2017

Somos belos, sim!

Foto: Márcia Alves
Quanta beleza há nas pessoas! Vemos tanta gente incrível nesse mundo. Alguns são nossos ídolos, outros são pessoas admiráveis com quem temos a honra de conviver. Algumas são tão lindas fisicamente que achamos que houve uma espécie de desequilíbrio na distribuição desta qualidade aos humanos em geral. No noticiário aqui de Brasília mostraram uma estelionatária que foi presa; ela aplica golpes em todos, o tempo todo. O delegado afirmou que ela convencia as vítimas com sua beleza e charme. Isso reforça a teoria engraçada de uma amiga que diz que é difícil dizer não para pessoas bonitas.
Outras pessoas são muito talentosas. Umas são charmosas por serem comunicativas, outras por serem centradas, ou tranquilas, ou criativas, ou objetivas, ou sensíveis...
São tantas as características invejáveis que chegamos a pensar: "Por que não sou como fulano(a)?". Mas se formos tentar ser como qualquer outra pessoa negaremos ao mundo, e a nós mesmos, a possibilidade de usufruir das nossas características próprias, tão especiais.
Melhorar quem somos deve ser uma meta, mas desejar ser quem não somos é uma violência. Não há nada de errado em nós, a não ser que seja algo que possa fazer muito mal a alguém. Tirando isso, somos todos lindos, cada um à sua maneira. Imperfeitamente lindos. Que possamos reforçar isso a todo momento. Não é ser como Narciso, que só vê a beleza em si, mas ver que a beleza está em muita gente, mas... 
ó que maravilha... 
também está em nós.


Anita Safer


Um agradecimento especial a Nú Nipá e ao senhor Antônio que, (mesmo não conhecendo um ao outro e nem à fotógrafa) gentilmente, aceitaram posar para Márcia Alves na foto que ilustra este post.




sexta-feira, 14 de julho de 2017

A linha solta do amor

Foto: Liana Rocha
Este texto veio de encomenda. Uma amiga sugeriu que eu escrevesse sobre os relacionamentos que acabam e deixam aquela linha solta. São aquelas situações mal resolvidas. Como o título deste blog é "Eis o que não Sei", procuro pensar a respeito das coisas, não para, necessariamente, encontrar as respostas, mas para refletir a respeito.
Quando ela fala em linha solta logo me lembro de um bordado que ficou mal acabado. 
O ideal é que a gente faça nossos bordados com um bom arremate, pra que possamos nos orgulhar dele no final, mas nem sempre isso acontece e o bordado fica muito feio; aí o jeito é começar um outro, tentando fazer com mais capricho.
Não digo que os relacionamentos devam ser descartáveis e que deverão ter fim. Alguns bordados são feitos ponto a ponto, desmanchando pequenos pedaços e refazendo-os durante toda uma vida. Esse é bordado que desejamos. Mas deixar pontas soltas nunca é bom. Fica feio.
Acho que cada história que termina precisa de um ponto final. Mesmo que algum dia ela recomece em outro momento, aí é uma outra história. Lembrar do que foi bom no relacionamento é uma coisa legal, faz você ver que foi capaz de dar e/ou receber amor. Mas, e as coisas ruins que levaram ao fim da história? Elas também devem ser levadas em consideração. 
Sei que existem vários desfechos pra esta situação, mas cito apenas dois, os mais práticos, na minha opinião: ou você revive aquela história, se for da vontade dos dois, desta vez indo até o final, bom ou ruim para arrematar de vez; ou compreende que aquela história acabou e segue em frente. Neste caso saia, compre novas linhas, escolha um desenho que te inspire e comece um novo bordado ao som da música do Gilberto Gil que diz: 
"É a sua vida que eu quero bordar na minha 
Como se eu fosse o pano e você fosse a linha 
E a agulha do real nas mãos da fantasia 
Fosse bordando ponto a ponto nosso dia a dia". 

Anita Safer

sexta-feira, 7 de julho de 2017

A arte de quem aprendeu a ser jovem

Foto: Tina Arce
É incrível como algumas falas ou atitudes ficam registradas em nossas lembranças. Há muito tempo vi uma entrevista com Djavan em que perguntaram a ele qual o segredo para que se mantivesse tão jovem. Ele respondeu que acreditava que era porque sempre tinha um novo projeto a realizar. Disse que todos devemos ter pelo menos um, por mais simples que pareça; nem que seja a reforma da cozinha. Segundo ele esses planos nos rejuvenescem. Saber que temos algo pela frente, renova o brilho no olhar. Tá certo, não lembro exatamente as palavras usadas na ocasião, mas a ideia era essa. Concordo demais com o Djavan, mas que ele tem uma genética incrível a seu favor... Ah, isso tem...rs.
Quando vi a foto linda que ilustra este post, feita pela minha mana Tina Arce, lembrei dessa entrevista do Djavan. Por que? Primeiro porque sou assim, meio fora da caixinha e minha mente é uma viajante sem fronteiras, mas a verdade é que sei que essa bicicleta é mais um projeto que ela está realizando. Minha irmã é um exemplo de juventude alimentada a planos e sempre tem uma carta escondida na manga. Gosta de se aventurar pela vida. Desejo muito que ela inclua em seus projetos nos brindar sempre com suas fotos maravilhosas e sensíveis.
Vamos nos encher de planos e projetos, galera! Vamos procurar uma luz que nos aponte onde encontrar o que nos faz feliz. E aí é só pedalar por novas paisagens. Não defendo a busca pela eterna juventude, porque acredito que o amadurecimento tem seus encantos, mas, se considerarmos como juventude ter sempre algo novo a aprender ou conquistar, tô nessa! #Forever young.

Anita Safer